quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

EU ME CONVERTI NO CARNAVAL


O mar da Ilha grande, batendo nas areias que brilhavam, refletidas pelos raios de sol que já se punha, encantariam a qualquer ser humano que lá estivesse.
Mas eu estava muito triste. Havia uma desilusão em meu coração em relação ao meu relacionamento com o homem que tanto amava.
Havia muito amor, mas o amor mais intenso não é suficiente para alicerçar o relacionamento de um casal.
Estávamos acampados naquela ilha com uma paisagem linda que eu contemplava da barraca onde estava instalada. Estava sozinha enquanto o meu amor e as crianças brincavam nas areias daquele cenário magnífico preparado por Deus. 
A tristeza tomava conta de mim, pois havíamos conversado antes de acamparmos, que seria nosso último momento juntos.  Iríamos nos separar quando voltássemos daquele feriado de Carnaval.
As brigas eram muitas.  Havia ciúmes dos dois. E numa relação conturbada no meu entendimento,  não valia a pena investir.
Mas foi ali, onde acampávamos com outras famílias e uma elas era de pessoas evangélicas: pai e mãe, duas filhas casadas com seus respectivos maridos um filho solteiro e duas crianças. 
Enquanto as crianças brincavam com Jorge, eu observava aquela família tão harmoniosa, tão equilibrada e pude contemplar o brilho, não do sol, mas do Espírito Santo sobre aquela barraca.  Suas vozes soavam como cânticos do céu e seus louvores entoados por todos como num coral parecia trazer Deus para bem pertinho, só para ouvi-los.   E eu ouvia e sentia a presença de Deus ali e foi quando declarei: “É isso que eu quero para minha família.”
Foi então, que Adelaide, membro da “Casa de Oração” (Pr. Adolfo e Gilda), falou de Jesus para mim, num momento em que estávamos as duas caminhando pelas águas mais límpidas que já vi.  Ali, tomei a decisão de ter um compromisso firmado com Deus.  Sim, pois já havia conhecido Jesus aos 17 anos na então IPNV de Botafogo.
Declarava desde então para todos que era “evangélica”, mas isso também não é o bastante para tornar uma relação abençoada e feliz.
Voltamos para casa e como havíamos definido, nos separamos.  Eu engrenei minha vida com Cristo de verdade e Jorge... queria voltar, mas eu insistia que agora eu queria um homem de Deus para minha vida.
Resisti durante três meses a saudade, a vontade de estar junto daquele homem que era o amor da minha vida dizendo que eu agora queria um homem de Deus.  Que eu não queria sair para a igreja enquanto meu marido que sairia para beber com amigos.
Foi então que um dia ele pediu para conversar e disse: “se para ficarmos juntos eu preciso ser evangélico como você, eu vou para a igreja”.
Recomeçamos nossa vida, fomos congregar juntos na Igreja Nova Vida em Campo Grande na época, num salão de festas.  Nos primeiros cultos,  meu marido já começou a ajudar o pastor na obra de Deus pois a igreja era um salão alugado e precisava montar de desmontar a aparelhagem e transportá-la para casa do pastor da igreja,  em cada culto..
Um dia, cantamos no louvor  o hino “Ele é Exaltado” e quando vi, Jorge  chorava copiosamente diante de Deus e da congregação.  Ali eu soube que Jorge tivera um encontro real com Deus e que houve arrependimento dos seus pecados.  Ele foi tocado pelo Espírito Santo de e converteu seu caminho à Deus.
Depois, descobrimos que precisávamos casar, pois vivíamos apenas juntos.  Corremos logo com a documentação e casamos no sitio da Igreja Cristã Nova Vida de Marechal Hermes.  Isso nos possibilitou trabalhar na obra de Deus efetivamente como obreiros.  Desde então, assumimos um compromisso com Deus, de servir ao Seu Reino com excelência e responsabilidade, o que fazemos até hoje.
Muitas histórias eu teria para contar da nossa trajetória até os dias de hoje, mas esse foi só o início de uma vida cheia de aventuras e muito, muito abençoada por Deus.
Um grande abraço e bem carinhoso de
Soraya Barros

Nenhum comentário:

Postar um comentário